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06/04/2011

Leucinose

Olá pessoal!

Eu nova aqui no blog e tenho acompanhado todas as postagens. O que mais me impressiona é o acesso que vocês têm para tratar as doenças metabólicas em Portugal. Aqui no Brasil não é nada fácil, as crianças com erro de metabolismo são vistas como seres de outro mundo. Eu lembro do meu desespero quando a minha bebê ainda estava internada porque as pediatras da UTI não conheciam a doença e nenhuma delas conseguiu me explicar o que era a leucinose. E ainda me diziam que eu tinha que aceitar a falta de informação porque a minha filha era uma raridade. Para vocês terem uma idéia, a Letícia foi diagnosticada com 15 dias, mas o tratamento dietético só começou com 21 dias. Ela ficou uma semana no soro esperando o leite chegar e quando chegou demoraram 2 dias para descobrir como preparar a fórmula. Eu precisei sair do País para conseguir um tratamento adequado para o meu bebê e principalmente para entender tudo sobre a doença. A minha filha ainda tem 6 meses e se alimenta apenas do leite especial (que precisa ser importado), mas tenho muito medo só de pensar como vai ser para ela comer.

Quando viajei para os EUA em busca de tratamento descobri que muitas crianças já estão curadas por causa do transplante de fígado, vocês já ouviram falar nessa possibilidade? Não são todas as doenças metabólicas que têm essa cura, mas para a leucinose isso já é uma realidade. É uma decisão muito difícil porque envolve um grande risco, mas conviver com essa doença não é um grande risco? Principalmente em um País onde a maioria dos médicos não sabe o que fazer no caso de uma crise metabólica.

A fenilcetonúria é mais conhecida no Brasil e aqui no Rio de Janeiro as crianças são acompanhadas na APAE, mas a leucinose é raríssima e mais complicada porque é preciso controlar 3 aminoácidos. Nos EUA, em uma cidade pequena chamada Strasburg (onde eu consultei a minha bebê), a leucinose é comum e por isso os médicos têm bastante experiência. As crianças conseguem conviver perfeitamente com a doença e ter um desenvolvimento normal, mas o acesso é fácil e ao menor sinal de uma crise basta ir na clínica fazer um exame que sai em meia hora. E mesmo assim muitos pais optaram pelo transplante. As crianças estão curadas, se alimentam normalmente e mesmo quando ficam doentes não há descompensação dos aminoácidos.

Gostaria da opinião de vocês.
Beijinhos

11 comentários:

  1. Olá!
    Eu também acabei de entrar para o Blog e identifiquei-me um pouco com a tua história...o meu Rafael tem 3 anos e Fenilcetonúria e durante alguns meses tentei viver no Recife, Brasil...o acompanhamento é muito defeciente e a falta do leite certo e de quase todos os alimentos é um desespero! Tanto, que acabei por regressar a Portugal, onde apesar de tudo temos uma assistência quase exemplar! Só temos noção disso quando experênciamos outras realidades menos boas! Quanto ao transplante, não sei sequer se é equacionável em termos de fenilcetonúria! Quando a doença foi diagnosticada ao Rafael e depois de estudar o assunto, pensei logo nisso...mas não sei! Não sei se é possivel e se fosse não sei se o faria passar por tão dura etapa...boa sorte!

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  2. Olá Jordane,
    É incrível o que nos conta sobre a falta de informação dos médicos e dos serviços hospitalares no Brasil. Nunca imaginei que assim fosse! Não há Serviços especializados em Metabólicas em cada Estado, um pelo menos?
    Nós por cá temos graças a Deus uma assistência razoável, mas tudo pode sempre ser melhorado, e esse combate por uma Assistência é fundamental. Mesmo sendo uma Raríssima, haverá outras muitas raríssimas que se queixam do mesmo problema. Há que trabalhar pelo futuro. O Brasil é Grande e está cada vez Maior!
    Beijinhos e obrigado
    Sofia

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  3. Ana Rita e Sophia

    Aqui no Rio de Janeiro não é nada fácil tratar as metabólicas, os exames demoram 15 dias, o leite não é acessível e os médicos não conhecem as doenças.
    É difícil de acreditar, mas aqui os hospitais não estão preparados para receber as nossas crianças.

    Beijos

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  4. queria mais informações acerca do transplante para leucinose.

    mande por email caticc_94@hotmail.com

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  5. Meu filho também é portador da sindrome urina de xarope de bordo ele tem 4 anos e é bem dificil os médicos no geral não conhece a doença a não ser os especialistas.

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  6. Olá Juliana,
    Conhece o blogue http://msudandyou.blogspot.pt/ e o grupo no FB dedicado à MSUD, https://www.facebook.com/groups/136345209802112/
    Desconhecia a expressão urina de xarope de bordo, é muito interessante, a Fenilcetonúria também se revela de alguma forma pelas características da urina.
    Se quiser, junte-se a nós!
    Um abraço
    Sofia

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  7. Oi Sofia,é muito bom falar com alguém que passa o mesmo que eu,achei bastante interessante a diete do blog para ele mas eu não sei fazer,tenho necessidade e sei que presciso ajudar meu filho.
    Um abraço de mãe leucinose.

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  8. oi sou elenice mae do joao vitor de 5 anos portador de leucinose ou doença da urina do xarope do bordo . fiquei sabendo do transplante mais nao tenho conhecimento a respeito , gostaria de saber se entre voces tem alguem que ja passou pelo transplante ? desde ja obrigada . um abraço

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    Respostas
    1. Tenho essa doença e neste momento tenho 21 anos.
      Posso ajudar naquilo que for preciso.

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    2. Tenho essa doença e neste momento tenho 21 anos.
      Posso ajudar naquilo que for preciso.

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    3. Minha filha tem essa doença ela esta na uti em Macaé precisa se transferida para Niterói e não está conseguindo vaga...ela não está aceitando muito bem o leite....estou desesperada

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