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05/05/2011

Pai galinha

A Ana Rita e o Pai José encontraram-se comigo e com o meu João Pku, de manhã no Miradouro da Graça. A Ana Rita é Pku e tem 22 anos. Mignone, loura,com uma tez um pouco pálida que lhe dá um ar angelical, tem uma certa timidez no contacto inicial que é logo ultrapassada pelo riso franco e aberto. Sentámo-nos no jardim e enquanto o João fazia as suas gracinhas, corridas atrás das pombas e piruetas, nós conversámos. Se há algo que me espanta desde que entrei neste mundo metabólico é que ao fim de uns minutos, parece que nos conhecemos há muito e a conversa não acaba, tal como as cerejas, temos tanto para saber uns dos outros, tanto para partilhar que o tempo parece que se esgota num instante. A minha curiosidade não tem fim e tenho tanto a aprender com quem já passou por isto! Foi muito agradável e estimulante, um Pai e uma filha unidos por uma cumplicidade que não se explica por palavras, mas se sente em todas as maneiras como comunicam entre si. Não resisto a partilhar convosco um comentário deste Pai Galinha que me deixou a rir sózinha o resto da manhã, olhando para o meu Pku com as suas gracinhas e abracinhos afectuosos tão próprios dos seus tenros dois aninhos, disse para a filha " O que eu gostava mesmo é que tu fosses outra vez pequenina como o João, porque foi e é MARAVILHOSO! ". Não é lindo?

3 comentários:

  1. essa frase final ate a mim me deixou de boca aberta, e um pouco emocionada, de vez em quando tem saídas assim xD
    mas foi muito bom o encontro deu para meter a conversa em dia :D
    beijinhos

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  2. É de facto comovente esse comentário, se bem que eu por vezes penso precisamente o contrário olhando para o meu Vasco, era tão bom que já fosse crescido para que eu ficasse mais sossegada ao saber que cresceu bem, que é uma pessoa feliz (como espero que seja e tudo farei para que isso aconteça) e que me dissesse o que se passa por trás daqueles olhinhos azuis tão amorosos. Não sei se me faço entender...
    Beijinhos

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  3. Claro que sim, Paula! Penso que vivemos nessa dualidade, por um lado, racionalmente, desejamos vê-los crescer (e educar é saber principalmente autonomizar), pelo outro lado, o prolongamento do "colinho", em que tudo depende de nós, em que os protegemos de tudo. É talvez,a fase mais bela e intensa das nossas vidas. Por muito trabalho que dê, as outras fases do crescimento são muito mais complicadas e escapam ao nosso controlo. Eu tenho um filho adolescente, sei do que estou a falar...
    Voltando à Ana Rita e ao Pai José, gostei imenso daquele bocadinho, inspirou-me o resto do dia e fez-me apertar o coração de saudades do meu querido Pai. É verdade, eu também fui uma menina do Papá.
    Beijinhos

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