People who are different change the world

02/12/2014

lancheira do Pedro

LANCHEIRAS DO PEDRO

Antes de mais os meus agradecimentos a todas as mães que partilham as suas receitas e conhecimentos. Os meus parabéns pelo esforço quotidiano que fazem em prol da alimentação.

Proponho-me a mostrar as refeições de uma semana de escola do Pedro. Os menus são sempre mais ou menos idênticos e de culinária simples.
Tento sempre que possível que a refeição do Pedro seja o mais parecida com a dos colegas. A salada que o Pedro come é a da escola, que normalmente é alface e cenoura, por isso não envio. Quanto à fruta é que optei por enviar para lhe poder dar uma variedade mais diversificada, uma vez que a fruta é o que o Pedro mais gosta. O almoço vai em termos já aquecido e só ao lanche é que lhe aquecem o leite (mistura pku).

Semana de 24 a 28 de Novembro 2014

2ªfeira
Menu da escola:
Almoço:
sopa de legumes
douradinhos com arroz de cenoura
salada de alface
fruta
Lanche:
Iogurte e pão com tulicreme
Menu do Pedro:
Almoço:
Sopa de feijão verde
Douradinhos (inspirados nos bolinhos de batata e alho francês, do Chef Sá Pessoa, aqui partilhados pela Sofia) com arroz de cenoura
Salada de alface da escola
Manga
Lanche
Leite pku com nesquik de morango e pão com chocolate (utilizo muitas vezes o creme sabor de chocolate da Ducan Hines)










3ªfeira
Menu da escola:
Almoço:
sopa de legumes
bifinhos de peru com esparguete
salada de alface
fruta
Lanche:
Leite e pão com manteiga
Menu do Pedro:
Almoço:
Sopa de legumes com beterraba
Bife de cogumelo portobelo com esparguete (ás vezes também faço o strogonoff com cogumelos brancos)
Salada de alface da escola
Pêra
Lanche:
Leite PKU com nesquik de banana e pão com manteiga










4ªfeira
Menu da escola:
Almoço:
Puré de feijão
Peixe cozido, ovo, batata e legumes
Gelatina
Lanche:
Leite e pão com queijo
Menu do Pedro:
Almoço:
sopa de espinafres (não tinha a minha adaptação de puré de feijão feita)
cogumelos cozidos, batata, batata doce, feijão verde, cenoura, cebola e brócolos cozidos com azeite e vinagre balsâmico.
Gelatina da escola que é vegetal e sem proteína
Lanche:
Leite PKU com Nesquick de chocolate e pão com queijo violife com azeite

 








5ªfeira
Menu da escola:
Almoço:
Sopa de legumes
Carne picada com massa
Salada de alface
Fruta
Lanche:
Iogurte e pão com manteiga
Menu do Pedro:
Almoço:
Sopa de abóbora
Picado vegetariano com massa
Salada de alface da escola
Morangos
Lanche:
Leite PKU com nesquick de morango e pão com paté de azeitona










6ªfeira
Menu da escola:
Almoço:
Sopa de espinafres
Arroz tipo valenciana
Salada de alface
Fruta
Lanche:
Iogurte e pão com manteiga
Menu do Pedro:
Almoço:
A minha versão do puré de feijão sem feijão (deveria ter-me saído mais acastanhada!)
Versão vegetariana do arroz tipo valenciana (refogado com cebola, alho, e depois o tomate, cogumelos brancos, pimento verde e vermelho, nabo, cenoura e couve lombarda e arroz, e um pouco de açafrão)
Salada de alface da escola
Abacaxi
Lanche:
Leite PKU com nesquick de banana e pão com doce de morango (tento aqui variar um pouco, também porque não lhe envio iogurte).
Aqui o dilema não é tanto da possibilidade de lhe enviar um iogurte pku que ele goste, mas sim, se lhe enviar o iogurte e o leite pku, ainda que não coma o pão, é demasiado para o apetite do Pedro e muita dose de líquido. Nesta situação ainda não encontrei uma solução.

24/10/2014

A última lancheira da semana


A ementa da escola para sexta feira é: Sopa de espinafres, arroz de carnes à salsicheiro e salada. De sobremesa: mousse de chocolate.
A ementa do Vasco: Sopa de espinafes, risotto de cogumelos e salada de alface. De sobremesa creme de chocolate. Este creme de chocolate comprei no supermercado americano Liberty. Tem <1g de proteina por embalagem e só uso muito esporadicamente. O Vasco adora este creme e é mesmo muito bom.

E para o lanche: Hoje é leite e pão com fiambre, ou queijo, ou doce.
Para o Vasco: Leite especial e um pãozinho com manteiga.
Obrigada por todas as mensagens que me enviaram relativas à questão do iogurte de ontem. É tão bom ter o vosso apoio!
Brevemente volto com mais lancheiras.
Beijinhos
Paula Viegas 

23/10/2014

A lancheira na quinta feira


A ementa da escola para quinta feira é: Sopa de grelos, carne de porco à portuguesa com batata salteada e salada. De sobremesa: fruta da época.
A ementa do Vasco: Canja (com massa hipoproteica). Batata comum e doce e cenoura salteadas com salsichas de beterraba em pedaços, acompanhada de tomatinhos cereja. De sobremesa a fruta fornecida pela escola (não sei qual é a de hoje).

E para o lanche: Estava absolutamente convencida que na escola ao lanche é sempre leite (e pão com fiambre, ou queijo, ou doce), todavia ontem a auxiliar da sala do Vasco perguntou-me se não teria um iogurte para ele, porque à terça e à quinta é dado iogurte e o Vasco olha muito para os iogurtes e às vezes é difícil que ele beba o leite. Eu já conheço o fascinio que este meu filho tem pelos iogurtes e tive de responder que não, mas que iria tentar descobrir algo similar...
Estou a autoflagelar-me mentalmente até agora por não saber desta questão do iogurte e por não ter uma alternativa à altura. Raios!
Tenho de encontrar uma receita de iogurte que ele goste, já que neste país não se consegue encontrar um iogurte de base vegetal que não seja de soja. Alguém tens sugestões, ideias, conselhos, o que seja?
Para o Vasco: O que tem de ser tem muita força: leite especial e um pãozinho com manteiga.

Amanhã volto com a última lancheira da semana.
Beijinhos
Paula Viegas

22/10/2014

A lancheira do Vasco na quarta feira


E para quarta feira a ementa da escola é: Sopa de alho francês, peixe com batata cozida e salada. De sobremesa: fruta da época.
A ementa do Vasco: Creme de coentros com alho francês. O Vasco não gosta lá muito de comer batata cozida com legumes (o que eu compreendo perfeitamente), então perguntei-lhe se para o almoço queria levar igual aos outros meninos ou então massa penne com molho de queijo, que sobrou do jantar, ao que me respondeu que queria a massa porque "mãe eu não gosto de batata cozida e a massa tava tão boa".
E assim foi escolhido o prato principal: penne com molho de queijo, complementada com uns tomatinhos cereja. De sobremesa a fruta fornecida pela escola (não sei qual é a de hoje).

E para o lanche: Habitualmente na escola o lanche é pão com fiambre, ou queijo, ou doce e leite.
Para o Vasco: Leite especial e duas tostadas com manteiga, porque ele adora tostadas.

Até amanhã!
Beijinhos
Paula Viegas

21/10/2014

A lancheira de terça feira do Vasco



E para terça feira a ementa da escola é: Sopa juliana, filetes dourados com arroz de cenoura e salada. De sobremesa: fruta da época.
A ementa do Vasco: O Vasco levou novamente creme de espinafres, arroz de cenoura, douradinhos (apesar do que mostra a foto garanto que não "carbonizei" os douradinhos) e cenoura ralada.
De sobremesa o Vasco come a fruta fornecida pela escola (não sei qual é a de hoje).

Dica para um arroz de cenoura rápido: Para o jantar de ontem fiz arroz hipo branco. Para fazer o arroz de cenoura teria de fazer outra receita à parte, com o refogado e a cenoura e etc. e sinceramente o tempo não dá para tudo. Então lembrei-me de ralar cenoura e assim que o arroz cozeu, separei uma dose e juntei um bocadinho de manteiga e uma colher de sopa da cenoura ralada. Como a cenoura estava bem "fininha" e o arroz bem quente este "coze" a cenoura e fica tudo harmonioso e delicioso. Mais um truque eheheheheh :)
E para o lanche: Habitualmente na escola o lanche é pão com fiambre, ou queijo, ou doce e leite.
Para o Vasco: Leite especial e um caracol de canela. Uma experiência que fiz no fim de semana que não entusiasmou particularmente o Vasco. Todavia lembrei-me de mandar para a escola para ver se ele muda de ideias (disse-me que não gosta de canela o diabrete, quando ele devora as minhas areias mergulhadas em canela).

Até amanhã! 
Beijinhos
Paula Viegas

20/10/2014

Regresso às aulas e ... às lancheiras!

Com o regresso às aulas regressamos nós, mães e pais, à preparação das lancheiras dos nossos pequenos.
Desde as últimas lancheiras o Vasco já fez mais um aninho, mudou de escola e já tem uma palavra a dizer naquilo que quer comer (embora não vinculativa :) )
A minha atitude relativamente às lancheiras também mudou um pouco, regral geral faço uma adaptação do prato principal da escola, quando seja viável, caso contrário a ementa dele é diferente, e às vezes é ele que escolhe que seja diferente.
Esta semana vou mostrar as lancheiras do Vasco e comecemos então pela de hoje:
A ementa da escola hoje é: Sopa de feijão verde, massa carbonara com cogumelos, fiambre e bacon e salada. De sobremesa: fruta da época.
A ementa do Vasco: Continuo a não fazer adaptações das sopas. O Vasco levou creme de espinafres. Fiz uma carbonara improvisada. Cozi esparguete e salteei 1 cogumelo pequeno em alho e azeite. Depois de salteado juntei uma colher de sopa de natas Parmalat com cogumelos porcini e um bocadinho da água de cozer a massa. Misturei o molho na massa e voilá. Complementei com uns tomatinhos cereja (nunca sei qual a salada da ementa portando envio aquilo que tenho). De sobremesa o Vasco come a fruta fornecida pela escola (não sei qual é a de hoje).
E para o lanche: Habitualmente na escola o lanche é pão com fiambre, ou queijo, ou doce e leite.
Para o Vasco: Leite especial e um pãozinho com creme de chocolate para barrar (marca Continente), que ele adora.
Amanhã volto com mais uma lancheira!
Beijinhos
Paula Viegas

12/10/2014

Outubro, o tempo das Castanhas

o fruto desejado
Foi ontem ao passarmos no Largo do Chiado, que o João me pediu, este ano pela primeira vez, "Mãe, Castanhas, por favor!" E assim foi, comprei um pacotinho com meia dúzia, por causa das tosses, e dividimos irmãmente o delicioso conteúdo. Quero eu dizer, o João comeu 3 castanhas médias o que pesado sem casca, dará aproximadamente 25g.
Muito a propósito deste tema, uma das nossas queridas dietistas do Serviço do HSM, a Drª. Inês Asseiceira, teve a amabilidade de me enviar a  informação nutricional sobre este fruto maravilhoso do Outono que é a Castanha Europeia, e assim temos que:

Composição nutricional da castanha (europeia, assada) por porção (143g)
E: 350kcal
P: 4.5g
HC: 75.7g
G: 3.1g
phe: 192 mg

Assim uma parte de castanha (20mg de phe) corresponde a 14g de castanha. 
Em média uma castanha crua com casca pesa 18g e uma castanha cozida com casca pesa 10g

1 - Castanha assada com sal na Tabela do INSA
Proteína: 3,5mg/100gr
Rica em Hidratos de carbono, Vitamina A, Vitamina C, carotenos, e em minerais.

Ontem o João comeu "as partes da fruta" do jantar num lanche inesperado e delicioso na rua. Não resistimos ao perfume outonal dos assadores de castanhas na rua e com uma gestão do Plano Alimentar aberta, elástica, estica aqui, encolhe ali, conseguimos integrar alguns extras que à primeira vista, poderiam ser simplesmente excluídos.  É claro que, o João tem estado nas últimas semanas com os valores dos doseamentos bons, porque de outra forma eu não permitiria esta pequena incursão por territórios tão restritos. 
Viva o Outono! Vivam as castanhas assadas de rua! E um grande bem haja à Dra. Inês Asseiceira!

03/10/2014

A Escola Primária, o pequeno almoço Pku

À saída da escola
O primeiro mês de escola está quase completo e as novas rotinas já estão instaladas, três vezes ao dia subo ao Castelo e apesar do dia cortado ao meio, não consigo já imaginar-me sem aquela hora de almoço passada no meio das criancinhas, partilhando os braços com as funcionárias do refeitório que me recebem de cara aberta, sorrisos francos e piada fácil. Também acho difícil libertar-me do alegre convívio dos pequeninos que são realmente adoráveis, criativos e espontâneos. Enquanto falam comigo com ar inocente, vão dando pontapés uns aos outros por debaixo da mesa, comem o papel dos individuais, fazem trinta por uma linha! As meninas falam-me da Princesa Sofia e eu chamo-as de princesas também. Ganham-se cumplicidades, o João na segunda semana começa a demonstrar o seu mau feitio à refeição, acha sempre que eu lhe envio uma enorme quantidade de comida, a sopa está sempre muito quente, o arroz é dramático, não suporta o cheiro da comida dos outros até ficar sentado quase de costas à mesa e em grande aflição, é pastelão, tem ataques de tosse (propositados ou não!) é difícil! 
Eu queria ir-me libertando devagarinho, começar a não ir um ou dois dias por semana, mas sinto-me bastante agarrada, a tosse do João preocupa-me sempre, come mal e se forçado, vomita, o que bem sabemos que é a pior das piores opções.
E as cenas da alimentação começam logo ao pequeno almoço, levanto o João sempre com o tempo necessário para ele poder tomar descansadamente o pequeno almoço, 20 ou 30 minutos para uma caneca normal com a mistura do "leite" com aminoácidos morno e umas colheres de papa de forma a que fique rala para poder ser bebida sem dificuldades. O tempo nunca é suficiente para que tenhamos sossego, acabo sempre por me irritar, até que comece a tomar o leite, são só problemas, está muito cheia! está muito quente! entrou uma abelha na cozinha, quer contar-me histórias, chora se insisto com ele, tosse, não sei se já sabe que eu modero logo a atitude quando começam as tosses. Investiga a lancheira da escola, refila com a barrinha dos aminoácidos, "detesto!", é a vida, tem que ser. Só relaxamos quando nos pomos da porta para fora.

Aqui deixo a pergunta, Mamãs Pkus, quais são os vossos truques e estratégias para que o pequeno almoço corra bem, com tranquilidade? E com a dose de aminoácidos toda tomada, claro, esta é uma questão imprescindível.

23/09/2014

A Escola Primária, a segunda semana Pku

O Castelo 
Agora quando entro no refeitório à hora do costume, as funcionárias metem-se comigo, Ólha a nossa ajudante! Ficamos logo a rir e até já pedi uma bata para o serviço. A brincar, claro.
No refeitório os miúdos já me conhecem e por todo o lado ouço chamar, Sofia! Sofia! Já não quero mais! Água! Não consigo cortar a carne! Ele não pára de me dar pontapés. Ainda há uns miúdos que choram lágrimas a fio, claramente a precisar de colo. São ainda muito pequenos e não paramos naquele refeitório com a miudagem pequena e os seus pequenos problemas. O João é meio pastelão com a comida e eu regra geral só passo por ele a incitá-lo a despachar-se,  e de tal forma não lhe dou grande confiança que os outros miúdos ainda não perceberam que sou Mãe dele ( apesar do beijo roubado antes de me ir embora!) . O professor presta assistência no inicio das refeições e dá gosto ver o respeitinho que os miúdos lhe têm. Aproxima-se com uma curiosidade mal disfarçada para ver o que o João tem no prato e faz elogios. Hoje perguntou-me pelos resultados das análises da semana passada. Like it!

Apesar do cansaço, subir ao Castelo 3 vezes ao dia está a ser esgotante e desorganiza-me o dia, é verdade, mas a alegria do João quando me vê.... compensa tudo! É incrível que este é o meu segundo filho e não passei por nada disto quando o mais velho era pequeno. Entrou na escola Primária e pronto, assunto arrumado. A condição Pku, muda tudo, quem não passa por isto, não sonha como é este outro mundo. 
Tudo está a correr maravilhosamente nestes primeiros dias de escola, (excepção feita a um dia em que tudo parecia correr mal naquele refeitório e que me deixou um bocado preocupada, mas espero que seja a excepção à regra.) e começo a pensar que vou ter que pensar devagarinho em fazer um "desmame". E vai ser já amanhã que tenho uma marcação de trabalho noutro lado da cidade e não posso mesmo estar em dois sítios ao mesmo tempo.

Outra questão muito importante que preciso de afinar é a dos aminoácidos. Para que não fique tantas horas sem os tomar, tenho optado por lhe enviar aproximadamente um terço de uma barrinha de aminoácidos na mochila para o lanche da tarde às 16h00. Mas gostaria de lhe enviar na forma de leite, porque sei que é a forma que ele tolera melhor. Só que não sei muito bem como fazer de maneira a não dar trabalho a ninguém e de forma a que não se estrague. Aceitam-se sugestões alternativas. Mamães Pkus, como fazem para que os vossos meninos pequenos tomem  parte dos aminoácidos na escola?

19/09/2014

Informação para as escolas



A informação não ocupa lugar e para quem vai iniciar esta etapa das escolas é sempre útil entregar os elementos disponíveis que melhor esclareçam a doença dos nossos filhos para que tudo corra bem.
Sei que há aqui mães veteranas com larga experiência. Todavia lembrei-me de partilhar aqui a minha rotina de início da escola (Jardim de Infância) para quem vai só agora inciar esta etapa tão importante e tem muitas dúvidas (eu também já tive e continuo a ter...).

É sempre bom falar primeiro com os médicos que acompanham os nossos meninos a este respeito e julgo que a Apofen também poderá ser útil no esclarecimento das várias doenças metabólicas, dado que, segundo a informação que esta divulga, poderá fazer deslocar alguém à escola para efeitos informativos (não sei se alguém já usufruiu deste serviço, se tiver, contem como foi!).

O que entrego ao responsável da escola em causa e à educadora do Vasco são:
- declaração passada pela Dra. Ana Gaspar que explica os aspectos da doença e a necessidade do Vasco levar a alimentação de casa;
- o folheto informativo para professores disponibilizado no website da Apofen (embora tenha uma ou outra coisa desactualizada como disse a Sofia);
- uma informação síntese que eu própria preparo, e que entrego às pessoas que cuidam directamente do Vasco, nomeadamente a educadora e auxiliares da sala, e serve como uma espécie de cábula para ter sempre à mão (é mais fácil ter uma folha A4 à mão para ler em caso de dúvida). Esta informação foi sendo adaptada ao longo dos tempos e, obviamente pode ser melhorada, e a última versão é a seguinte:

VASCO VIEGAS
INFORMAÇÃO RELATIVA À ALIMENTAÇÃO
O Vasco tem uma doença genética denominada fenilcetonúria, o que significa que o organismo dele não consegue metabolizar um aminoácido denominado fenilalanina, que se encontra em todos os alimentos que contém proteínas (como por exemplo a carne, o peixe, os ovos, as leguminosas e outros alimentos). Se não for tratada esta doença poderá provocar lesões cerebrais e atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo. Felizmente que esta doença pode ser tratada com uma dieta controlada em proteínas naturais e com um suplemento proteico isento de fenilalanina. O folheto e declaração médica já fornecida esclarecem todos os aspetos da doença.
Por estas razões, e com exceção da fruta que é ministrada pelo Jardim de Infância, o Vasco apenas pode ingerir alimentos e refeições que trás de casa.
Assim, o plano alimentar dele resume-se ao seguinte:
A meio da manhã: Fruta ministrada pelo jardim de infância (o Vasco pode comer qualquer fruta, com excepção de frutos secos)
Almoço: Sopa e prato que trás de casa. Quando trás salada ou legumes cozidos peço que temperem com sal, azeite e vinagre.
Lanche: Leite especial que ele leva preparado de casa + pão ou queque que leva de casa.

Nota: Deixamos na escola bolachas especiais para o Vasco, bem como bolo congelado em fatias ou queques para quando houver uma festa na escola. Deixamos também uma sopa pronta de pacote para o caso da sopa dele se entornar. Vamos também deixar na escola uma caixa com os doces (rebuçados, chupa-chupas, gomas, etc) que ele pode comer quando os outros meninos trouxerem por exemplo nos aniversários.
Pedimos que nos avisem sempre nas seguintes situações:
- O leite especial que o Vasco leva é o alimento mais importante de todos e pedimos que nos avisem se ele não beber ou entornar porque terá de tomar uma dose equivalente em casa. Todos os outros alimentos que leva devem também ser consumidos mas na medida em que ele tenha apetite. Se não quiser é melhor não insistir porque pode dar-se o caso dele vomitar;
- Caso o Vasco, por qualquer motivo, consumir qualquer alimento não autorizado (não haverá qualquer consequência de imediato mas os efeitos sentir-se-ão a longo prazo);
- Caso o Vasco não coma total ou parcialmente as refeições que são enviadas de casa;
- Caso estejam previstas festas, celebrações, eventos dedicados à alimentação ou actividades com distribuição de bolos/doces ou outros alimentos, pedimos que nos avisem na véspera a fim de prepararmos e enviarmos os bolos/doces/alimentos adequados ao Vasco.
Contactos:
Mãe (...)
Pai  (...)

Deixo aqui também uma foto do que deixei este ano na escola para o Vasco (só falta a sopa que entreguei depois) para terem uma ideia.

Espero que esta informação possa ajudar e espero que também partilhem as vossas experiências.
Um ótimo ano lectivo para todos.
Beijinhos
Paula Viegas


18/09/2014

A Escola Primária, diário dos primeiros dias Pku

O caminho para a escola
Terça-feira, segundo dia.
Hoje foi dia de "mergulhar" no refeitório, devidamente autorizada pela directora da escola e pelo Professor Pedro. À 13h00 já estava a tocar à campainha da escola. No refeitório sentei-me discretamente num banco corrido junto à parede para não perturbar o trabalho das funcionárias a acabar de pôr as mesinhas enquanto os miúdos não chegavam. Em decisão conjunta com a funcionária responsável do refeitório, o lugar do Joãozinho foi colocado numa das extremidades da mesa, na coxia para eu ter acesso facilitado. Ao fim de algum tempo e perante a evidente falta de braços, ofereci-me para servir as sopas enquanto a funcionária as colocava na mesa. Se há coisa que não suporto é ficar passivamente a ver os outros a trabalhar e eu a assistir. 
Quando as pequenas criaturas chegaram, ordeiramente em fila dupla atrás do Sr.Professor, foram distribuídas pelos seus lugares e o Professor pôs-me à vontade. Pode falar com o outros alunos e movimentar-se à vontade. O João queixava-se de dores de estômago ao professor, eu que já o conheço sei bem o querem dizer estas dores, stress, ansiedade! 
Com carta branca para actuar, arregacei as mangas e foi um rodopio por todas as mesas, levantar pratos, ajudar a retirar a pele do frango, água nos copos, ajuda aqui, ajuda ali, levanta pratos, distribui fatias de melão O João, por milagre, ficou bem disposto, e nunca mais falou em dores de estômago, pouco necessitou do meu auxilio.
 Adorei a experiência e estou convencida que encontrei a forma perfeita de passar informação às auxiliares de educação responsáveis do refeitório. Duvido que todas leiam o papel explicativo que o Professor distribuiu e eu preparei, e no meio dos pratos e das sopas, vou aproveitando para explicar tudo em discurso directo.  E vou ficando a conhecer os miúdos que são uns amores! e ainda muito novinhos. Se houvesse serviço voluntário na escola, este era um dos lugares em que as Mães dariam uma boa ajuda.
Para o lanche da tarde, pus-lhe na lancheira meia barrinha de aminoácidos e um puré de fruta. Esta é ainda uma questão que tenho de afinar. Seria bom que tomasse parte dos aminoácidos durante o período da tarde que eu depois rematava em casa. Aceitam-se sugestões das Mães mais experientes. Como fazem?

Muito importante. Hoje de manhã entreguei ao Professor Pedro o relatório do hospital, uma cópia do Folheto do CGM, com informação dedicada a professores e corpo da escola (dispensei a página 8 por considerar desactualizada a informação veiculada) e uma folha informativa de síntese, em várias cópias para distribuir, adaptada daquela que a querida Paula Viegas preparou para o seu menino.

16/09/2014

A Escola Primária, EB1 - diário do primeiro dia Pku

O café 28 ao lado da eescola
No primeiro dia de escola, fui buscar o meu Pku para lhe dar o almoço fora da escola. Ele é o menino mais novo da turma, na verdade só tem ainda 5 anos (é um bebé do Natal!) e de manhã quando o deixei na sala, dificilmente continha as lágrimas e perguntou-me com um ar aflito se iria realmente buscá-lo para almoçar. 
À 13h00 da tarde estávamos Pai e Mãe à porta da escola com a lancheira Pku na mão, e desfeito o meu plano de piquenique no Castelo à conta do dilúvio que caía do céu, fomos mesmo ali ao lado da Escola a um dos cafés mais giros e divertidos do bairro, o 28. Este café que para quem ainda não conhece e gosta de eléctricos é um verdadeiro must, todo o interior foi construído à imagem e semelhança dos verdadeiros eléctricos antigos da Carris e o João delirou. Já vinha feliz aos saltinhos da escola e esquecido da ansiedade da manhã. Com a simpatia do Café, servimos o almoço da lancheira ao João com um Compal a acompanhar e nós petiscámos qualquer coisa. O mais cómico, é quando nos preparávamos para sair de regresso à escola, entra o Professor do João também para um cafézinho mesmo nos bancos de trás (bancos do eléctrico!). O João regressou à escola. 
Às 16h00 da tarde fui dar-lhe o lanche à sala, a convite do Professor. 
Às 16h30 fui ao encontro dos professores das Actividades Extra Curriculares para lhes dar uma breve explicação da condição Pku do João. Confesso que me sinto uma verdadeira "chata" na escola e a Directora já me disse várias vezes a rir que posso ficar descansada que todos os professores serão devidamente informados. Mas eu é que não descanso enquanto não falar com toda a gente, Professores, Auxiliares, Ajudantes Vigilantes, Pessoal da Limpeza, toda a gente que vai estar na escola em contacto com ele. O dia do João acaba às 17h30m.
Sou uma Mãe Pku, sou uma Mãe persistente.
No dia da reunião de Pais, entreguei ao professor o Consenso da Sociedade de Pediatria para a Fenilcetonúria. A sede de agrupamento ainda não tinha enviado os processos para a escola e a condição Pku do João era completamente desconhecida. A abertura e disponibilidade do Professor foi total e logo no fim da reunião geral, fizemos uma abordagem individual a sós com o Professor.

1º dia- João, o que gostaste mais da escola? De ir almoçar ao Eléctrico 28.
Quanto a mim, fiquei exausta com tanta ida e vinda à escola a repetir o discurso Pku a tanta gente diferente. Tenho a sensação que tenho que conquistar tudo e toda a gente de novo.

03/09/2014

Salsichas (ou hamburgueres) de beterraba


Começo por dizer que esta receita, em termos de sabor, é das melhores que já fiz para o Vasco e que valeu mesmo a pena experimentar. A receita original está publicada aqui http://www.crmgroupusa.com/crm_emails/vitaflo/200907/RecipeBeetBurgers.html e cheguei até ela graças a uma mãe americana que publicou o link num página do facebook (eu adoro esta dinâmica que os americanos tem de partilha compulsiva de receitas :)).
Fiquei intrigada com o facto da receita incluir maçã e beterraba, que lhe dá uma corzinha diferente e, como também não tinha cogumelos (o Vasco agradece), decidi experimentar. Fiz umas pequenas adaptações e pesei as quantidades de alguns legumes para ter uma base mais sólida de futuro. A confecção é simples e rápida e o resultado muito bom. Ora vejam:
Ingredientes:
40g de beterraba crua ralada
70g de courgette crua e descascada ralada
20g de cenoura crua ralada
1 maçã média granny smith descascada e ralada (tem de ser mesmo desta variedade e está disponível quase sempre em qualquer hipermercado - são cerca 80g de maça depois de descascada)
1 cebola pequena picada
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de ketchup
1/2 colher de chá de molho worcestshire (molho inglês)
1/8 colher de chá de liquid smoke (é um condimento que serve para dar um sabor fumado aos alimentos e está à venda no supermecado americano Liberty. Caso não encontrem a receita também poderá ser feita sem ele mas haverá uma diferença no sabor)
2 colheres de sopa de óleo
sal a gosto
meia chavena de migalhas de pão hipoproteico (geralmente uso uma fatia de pão que faço para o Vasco - não substituir por pão ralado)
1/4 de chávena de farinha hipoproteica (ou mais se necessário)
Triture na picadora ou na bimby a beterraba, a courgete, a cenoura e a maçã. Retire e esprema a mistura com as mãos para retirar a maior parte possível de água. 
Numa tigela misture a cebola e o alho bem picados, o ketchup, o molho worcestshire, o liquid smoke, o sal e o óleo. Adicione a mistura de legumes e maçã espremida. Por fim junte as migalhas de pão e a farinha. Misture tudo muito bem, rectifique o sal e junte mais farinha se necessário.
Leve a mistura ao frigorífico no mínimo durante 1 hora.
A mistura depois de pronta
Depois de refrigerada molde salsichas e/ou hamburgueres.
Hamburgueres e salsichas prontos a congelar
A partir daqui pode fritar ou grelhar (desde que previamente untadas com óleo) as salsichas ou hamburgueres directamente ou congelar para utilização posterior.
Na receita diz-se que se pode também fritar ligeiramente e depois grelhar ao estilo churrasco, mas ainda não experimentei desta forma.
Por graça preparei para o Vasco este cachorro quente mini, que ele gostou muito :)

 


Bom apetite para todos!
Beijinhos
Paula Viegas

15/07/2014

7 dias de alimentação hipoproteica - Paula

 
A minha motivação!
O desafio dos 7 dias de alimentação hipoproteica terminou e é mesmo para repetir, pelo menos anualmente e por altura do dia internacional da fenilcetonúria. Para quem não sabe, este desafio foi inspirado no facto de um grupo de dietistas inglesas ter decidido fazer a dieta hipoproteica por 7 dias. Estes ingleses são uns sortudos com dietistas destas!

Motivação
O Vasco claro! Fiquei surpreendida com a oposição que houve por cá a uma experiência destas e confesso que não encontrei nenhuma razão de peso para não o fazer. Não quis fingir que faço esta dieta ou que queria saber como é por curiosidade. Fiz esta dieta pelo enorme respeito que tenho por todos os que a fazem e por amor ao meu filho. Antecipar um pouco como será a vida do Vasco já crescido (qual é a mãe que não faz isto), sim, colocar-me na posição dele e perceber os desafios, perceber se a parte da alimentação que faço só para ele em termos de sabor, variedade e saciedade são suficientes.
 
As regras que adoptei:
- Dupliquei as partes que o Vasco faz, mas não inclui leite;
- Inicialmente optei por não incluir o arroz comum, mas como não bebi leite aproveitei essas partes para consumir o arroz normal a partir de determinada altura;
- Não fiz grandes alterações ao pequeno almoço. Bebo habitualmente leite vegetal e pude manter este hábito. Poderia ter incluido leite, até porque o Vasco bebe Aptamil, mas nunca gostei muito do sabor do leite e actualmente é muito raro beber. Aliás há grande controvérsia relativamente aos benefícios que o leite efectivamente tem, mas isso é assunto que daria pano para mangas;
- Consumi por algumas vezes pão, massa e arroz hipoproteico, não seria uma verdadeira experiência se não as tivesse incluido. Confirmei que o pão que faço para o Vasco em regime diário é maravilhoso e como tem fibra promove a saciedade;
- Para que não hajam ataques de fome ou mesmo fome o ideal é fazer-se refeições regulares: pequeno almoço, snack a meio da manhã, almoço, lanche e jantar. Ao almoço e jantar incluir sopa, prato principal e sobremesa (fruta ou o ocasional doce);
- Faço sopa igual para todos em casa, ou seja peso tudo e faço as contas, o que facilita a organização das refeições.

Algumas refeições que fiz:
O pequeno almoço clássico: Sandes de pão hipo com queijo Violife e leite de amêndoa.


A meio da manhã por vezes uma fatia de bolo (ehehehe), mas logo acabei com isto e passei à fruta.

Almoços/jantares:

Quiche de cogumelos hipo, salada de alface, pepino e maçã, e sopa
strogonoff de cogumelos, salada e batata doce e comum cozida (o meu prato hipo favorito)
Omeleta hipo de queijo Violife, arroz comum de tomate e courgete salteada

Batata comum e doce, bróculos e cenoura à Gomes de Sá

Peixinhos da horta, salada de beterraba e arroz de tomate hipo
Salada fria de massa penne da Loprofin com cogumelos, tomate e azeitonas
O meu lanche favorito: smoothie de manga (1,4g de proteina por embalagem de 200ml) e uma barra cerealito da schar com fibra (0,8g de proteina por barra)



Almoço especial de Domingo: Lasanha de espinafres, bolo de cenoura e brigadeiros


Notas finais
- Nos três últimos dias de dieta confesso que me senti indisposta e com dores de cabeça. Consumi uma ou outra vez uma barra proteica que comprei no celeiro (obrigada pela sugestão Vera, foi muito útil) e aumentei a quantidade de batata e arroz. Na próxima experiência tenho de incluir alguma proteina, sob a forma de barras ou bebidas, porque a proteina é mesmo fundamental seja sob que forma for;
- Não comentei com o meu filho esta experiência. Ele estranhou quando me viu comer a massa ou arroz dele e perguntava porquê e eu dizia ou que não me apetecia a massa/arroz comum, ou então que estes não chegavam para todos e ia comer um bocadinho da dele e a coisa passou porque foram poucas vezes. Não quis criar nenhum equivoco na cabeça dele, até porque ainda é muito pequeno;
- Habitualmente trago a marmita com o almoço para o trabalho mas nesta semana calhou ter de almoçar duas vezes fora (só planeava uma) e ainda tive uma festinha de aniversário de uma amiguinha dos meus filhos e a festa de aniversário de casamento da minha irmã (será possível tanta festa caramba!!!!). Mas consegui encontrar sempre alternativas com algum planeamento e se o ambiente dos almoços for em centro comercial arrisco dizer que é possível quase sempre encontrar alguma alternativa. E se há uma festa é fundamental levarmos o prato principal e a sobremesa que mais gostamos;
- Planeamento, variedade (possível) e espirito aberto são fundamentais!

Beijinhos
Paula Viegas

08/07/2014

O 7º e último dia do Desafio 7 Dias Pku - Sofia

Pequeno Almoço às 9h30: Chá verde e uma tosta com geleia de marmelo. E ferro tomado!
À 14h00: Sopa de feijão verde. Salada de cenoura ralada, beterraba e azeitonas verdes com (uma tentativa com um resultado muito estranho!) um crepe de tapioca feito com leite de arroz. Meloa e café.
Às 17h30: Chá verde frio com uma maçã starking
Às 20h30: Foi igual ao almoço. O crepe de tapioca apesar de muito feio, branquela e malfeitão tem um sabor interessante quando misturado com a salada bem temperada. O João também gostou do sabor, sem um entusiasmo exagerado.

Chegado ao fim o Desafio, tenho que daqui retirar de imediato algumas conclusões que considero evidentes.
  • Sem arroz, massa e pão hipoproteico, o desafio torna-se uma tortura. 
  • Seria admissível comer arroz comum, visto que faz parte da tabela. Hoje, acho que sim. Provavelmente é o que farei da próxima vez. Mas como o arroz está excluído da alimentação do João, optei por não o integrar.
  • O pão também foi uma prova duríssima, mas o pão da Schar atenua em muito esta falta, apesar de ser tão leve, mas tão leve que parece que desaparece mal o acabamos de comer. 
  • A saciedade foi um problema sério nestes dias. 
  • A batata, é um recurso óbvio e compreendo agora melhor a opção no Plano Alimentar do Hospital ter um carácter de excepção relativamente aos outros alimentos da Tabela.
  • O leite seria também admissível visto estar presente na "mistura" de todos os dias do João, mesmo que em quantidade mínima. Na dúvida também o exclui e descobri que o leite de arroz aromatizado de chocolate, é agradável. Mas não é leite. E eu sou mesmo um mamífero, não o dispenso da minha dieta diária, todas as manhãs ao pequeno almoço o tomo.
Noutro capítulo, houve outras coisas muito boas no desafio,
  • A solidariedade entre pares e sem fronteiras. A adesão ao desafio da Mãe Marcilene do Brasil foi extraordinária, demonstrando que realmente há uma ligação metafísica entre a comunidade. Seria muito giro que para a próxima vez houvesse ainda uma maior adesão e até que melhorássemos o modelo do Desafio proposto que peca em muitos aspectos. Por cá, fomos "os suspeitos do costume". A Paula Viegas mergulhou comigo em mais esta aventura, sempre em ligação sempre pronta a dar a mão. Valeu a pena!
  • Quebrar a rotina, abanar as águas paradas, mergulhar fundo no outro lado do espelho, Mães e filhos de mãos dadas. É assim que se aprende, sentindo na pele o trabalho enorme que exige a aplicação de uma dieta hipoproteica. Poucos alimentos disponíveis, caros e tudo a necessitar de ser trabalhado.Valeu a pena!
  • A oposição demonstrada por alguns membros da comunidade também é interessante e muito reveladora da rejeição à novidade, de algum espírito conservador.
  • O meu filho adorou ter a Mãe como companheira, também aqui. Tão bom! Mas não é totalmente pacifico para mim a forma como ele pode interpretar esta experiência. Por norma, lá em casa eu esforço-me por estabelecer pontes nas nossas refeições, ou seja frequentemente os nossos acompanhamentos são o prato forte do João. E é bom perceber que alguma perplexidade inicial nos primeiros dias traduziram essa habituação, eu diria melhor, essa educação que ele já tem. Sabe que a sua alimentação é diferente, é uma conquista essencial para ele. Não quero abalar esta conquista mas reforçar as pontes, sim.
  • Os tacos, adorei, vou repetir porque são mesmo bons e até pode ser que o João adira.
  • Os crepes de tapioca, apesar de o resultado ter sido muito feio, acho que tem potencial a ser explorado. Mais uma conquista hipoproteica a ser desenvolvida.
Vamos repetir este desafio, provavelmente daqui a um ano, por altura do 28 de Junho, dia Internacional da Fenilcetonúria. Até lá, vamos preparar melhor os Planos Alimentares e irei recorrer a um ajuda profissional para dar umas linhas de orientação para garantir que tudo correrá melhor.