o parque |
Mães com crianças pequenas em casa pelos mais diversos motivos, que se encontram casualmente no parque infantil do jardim. Dinamarquesas em férias prolongadas em Portugal, inglesas expatriadas, portuguesas que por convicção ( e porque podem dar-se ao luxo de ter essa opção), preferem acompanhar os primeiros anos do bebé a meio tempo nos jardins de infância. E eu, que resolvi optar pelo acompanhamento possibilitado pela Segurança Social ao meu Pku durante os primeiros anos. Há já bastante tempo que tinha reparado no grupo, porque me tinha parecido bastante heterogéneo, informal, leve e divertido e também porque apareciam sempre pelo mesmo horário em dias certos. Como tenho levado esta "redoma" com um certo fundamentalismo, quando via o parque ocupado com um grupo de crianças retirava-me, não fosse o João ser contagiado com uma qualquer infecção. Eu sei, podem chamar-me lunática, fóbica, sei lá o quê! Mas agora que se aproxima em contagem decrescente o grande dia da entrada no colégio, baixei a guarda e vou deixando-o brincar com outros miúdos. Mas voltando à história que acho deliciosa. Chegando ao parque infantil, fui rapidamente abordada por duas destas Mães, uma dinamarquesa e outra portuguesa, muito simpáticas, convidaram-me a juntar-me a elas às terças e quintas, pela mesma hora, no mesmo lugar. Com a opção de num dos dias se combinarem programas variados e alternativos como idas às Bibliotecas Municipais ou visitas aos jardins e equipamentos da cidade. Trocámos telefones e emails para os programas a serem combinados. Uma das Mães cantava e dançava com a filha de dois aninhos, o João pôs-se logo a dançar aos pulos de animação, outras estavam sentadas numa manta no chão com os miúdos a desenhar. Estou encantada com a ideia, em tempos procurei um atelier ou qualquer actividade que permitisse ao João conviver com outras crianças apenas umas horas por semana, mas a dificuldade em encontrar actividades alternativas na cidade de Lisboa durante o horário de actividade é muito grande. Ou são ateliers caríssimos ou são em horário pós-laboral. Assim resolvo dois ou três coelhos com uma só cajadada.Tenho o miúdo com o normal convívio com um grupinho restrito de crianças em ambiente aberto e arejado, vai despertando para o inglês, e tudo livre sem compromissos e importante, sem custos. O que vos parece, não querem também tomar a iniciativa de juntar um grupinho de Mães no parque e organizar actividades? Por vezes as soluções mais óbvias estão à frente do nosso nariz e nós continuamos à procura. A minha admiração pelos nórdicos aumenta, temos imenso a aprender com as outras culturas.
Sophia amiga linda, amei o seu texto. Acho q talvez esteja agindo como você e afastando um pouco o Arthur de contatos externos, só que ocorre que a família do meu esposo tem 35 pessoas só entre primos, irmãos e cunhados, então acaba que pelo menos com a família ele tem bem contato. A Sônia Guerreiro tem tentado me ensinar a levar a vida de forma mais simples, como vc mesma falou as soluções as vezes são óbvias e estão a nossa frente. Deixemos nossos pequenos enfrentar seus desafios, mas sem perdê-los de vista é claro, rsss
ResponderEliminarMinhas queridas, apesar de me chamarem lunática, fóbica, sei mais o quê....eu tb resguardei a Inês de contactos com outras crianças que soubesse estar doentes, porque sabia que a condição dela era e é diferente e o que para as outras crianças não passa de uma mal estar temporário, na Inês (e nas outras crianças com doenças metabólicas e/ou crónicas) tem consequências muito mais graves.
ResponderEliminarRelembro-me que no primeiro ano de vida a Iny esteve internada por 6 x, tendo perfeito no total 1 mes e meio da sua pequena vida.....por aí eu via como era duro ter a minha pequenina doente, o que me fez desconfiar de grupos de crianças.
No entanto e estando a Iny na escolinha é inevitável o contacto com outras crianças saudáveis e que por vezes ficam doentes dentro do estabelecimento de ensino o que favorece o contágio....assim...tive k aprender a dominar a ansiedade que esta situação me provocava e deixar a minha filha ganhar a sua própria imunidade de grupo (imunidade provocada por 95% do grupo estar imune a determinada doença...por vacinação ou por já ter tido a doença).
Para mim todos os dias em que passo com a minha filha saudável, sao dias de dar graças a Deus. Todas as noites em que a deito na caminha dela e não na cama do hospital são noites de agradecer a Deus as bençãos que me dá. Assim aprendi a viver para os dias em que ela está bem em vez de viver com a ansiedade de quando seria que ela voltaria a adoecer.
A Inês como qualquer criança, constipa-se, tem amigdalites, otites....fez febre, tomou antibiotico, anti-inflamatório, mas ela conseguiu melhorar e não descompensar.
A vida....é uma caixinha de surpresas, mas ha coisas que não podemos evitar e o convivio social, seja ele familiar,escolar ou puramente por diversão...faz parte do ser humano, por isso...temos k deixar os nossos filhos viver a vida plenamente!
Aproveitem todas as oportunidades para lhes motrar como a vida é BELA, seja na calma da familia ou na agitação do parque/escola.
BEIJOSSSSSSSSS MUTABÓLICOS
Obrigado Sónia,
EliminarÉ uma aprendizagem lenta a nossa, e como Mães temos que dominar a ansiedade e ir aprendendo a soltar devagarinho. Tendo sempre cuidado e bom senso nas diversas situações. Ficar com os miúdos em casa, pode ser um tempo de grande isolamento, e esse facto não é fácil de lidar para nós Mães. Há que ir aproveitando as oportunidades que vão surgindo com alguma criatividade. Para mim, será uma espécie de tubo de ensaio para a socialização do João.
Beijinhos para a Mãe Sónia e para a Iny
Sofia
Relativamente ás actividades....eu aproveito todas as oportunidades promovidas pela Biblioteca Municipal de Oeiras para ter actividades diferentes e engraçadas para Inês :)
ResponderEliminarTenho um parque infantil em frente a casa o que proporciona á inês momentos divertidos antes de voltarmos para casa ao final do dia e até já fez amiguinhos com que se cruza diariamente....pequenos gestos que fazem a minha princesa feliz!
BEIJOS MUTABÓLICOS
E a relação de proximidade é muito importante. Todos temos equipamentos com alguma programação como as Bibliotecas públicas, que podemos aproveitar. Eu vou com o João desde que ele tem mesinhos até à Biblioteca mais próxima buscar carregamentos de livros e tento participar nas actividades possíveis para a sua idade. É como dizes, pequenos gestos que estão à disposição de todos, e que nos fazem a vida mais feliz, a dos pequenos e a nossa.
EliminarBeijos Mutabólicos!
Que experiência maravilhosa a vossa! Infelizmente a minha rotina é mais da casa para o trabalho e vice versa, sendo que o trabalho tem um horário esmagador e o "em casa" é em grande parte dedicado a cozinhar. Ficar com o Vasco em casa não foi uma opção por vários motivos, sobretudo financeiros. O Vasco já teve várias vezes doente (e quando digo várias, são várias mesmo, não há mês nenhum em que eu não vá a uma consulta de urgência), portanto já tenho um mestrado em (tentativa de) domínio da ansiedade.
ResponderEliminarA tua sugestão Sofia, por muito apelativa que seja, para mim é impossível de pôr em prática. Eu dos nórdicos apenas tenho a dizer que, regra geral, têm um ótimo nível de vida e quem vive assim não tem que ter grandes preocupações e pode dar largas à criatividade.
Apesar de tudo isto, o Vasco é o meu filho muito amado e eu sou capaz de tudo por ele. Aproveitem!
Querida Paula,
EliminarClaro que tens toda a razão e como em tudo na vida as opções que vamos tomando têm vários lados. A escolha de ficar em casa não é de todo um mar de rosas, para além do impacto negativo que tem na nossa vida profissional, tem também um lado de marginalização social, de grande solidão, para além do desgaste que é ser Mãe a 24 horas. O que eu relevo aqui é que a iniciativa individual, o sair da casca e ir ao encontro dos outros pode ajudar e muito. Se antes tinha alguma disponibilidade para por o meu filho mais velho em actividades extracurriculares, hoje tenho tempo mas não tenho "tempo"! Daí fazer as coisas acontecer, com imaginação, também nós mães a 100% precisamos de um "Manual de sobrevivência" para não ficarmos isoladas ou deprimidas ou pior, diminuídas. Daí a minha admiração por este tipo de associação livre. A imitar por todos os parques ao pé de casa.
Beijinhos
Sofia