Pequeno Almoço às 9h30: Chá verde e uma tosta com geleia de marmelo. E ferro tomado!
À 14h00: Sopa de feijão verde. Salada de cenoura ralada, beterraba e azeitonas verdes com (uma tentativa com um resultado muito estranho!) um crepe de tapioca feito com leite de arroz. Meloa e café.
Às 17h30: Chá verde frio com uma maçã starking
Às 17h30: Chá verde frio com uma maçã starking
Às 20h30: Foi igual ao almoço. O crepe de tapioca apesar de muito feio, branquela e malfeitão tem um sabor interessante quando misturado com a salada bem temperada. O João também gostou do sabor, sem um entusiasmo exagerado.
Chegado ao fim o Desafio, tenho que daqui retirar de imediato algumas conclusões que considero evidentes.
Chegado ao fim o Desafio, tenho que daqui retirar de imediato algumas conclusões que considero evidentes.
- Sem arroz, massa e pão hipoproteico, o desafio torna-se uma tortura.
- Seria admissível comer arroz comum, visto que faz parte da tabela. Hoje, acho que sim. Provavelmente é o que farei da próxima vez. Mas como o arroz está excluído da alimentação do João, optei por não o integrar.
- O pão também foi uma prova duríssima, mas o pão da Schar atenua em muito esta falta, apesar de ser tão leve, mas tão leve que parece que desaparece mal o acabamos de comer.
- A saciedade foi um problema sério nestes dias.
- A batata, é um recurso óbvio e compreendo agora melhor a opção no Plano Alimentar do Hospital ter um carácter de excepção relativamente aos outros alimentos da Tabela.
- O leite seria também admissível visto estar presente na "mistura" de todos os dias do João, mesmo que em quantidade mínima. Na dúvida também o exclui e descobri que o leite de arroz aromatizado de chocolate, é agradável. Mas não é leite. E eu sou mesmo um mamífero, não o dispenso da minha dieta diária, todas as manhãs ao pequeno almoço o tomo.
- A solidariedade entre pares e sem fronteiras. A adesão ao desafio da Mãe Marcilene do Brasil foi extraordinária, demonstrando que realmente há uma ligação metafísica entre a comunidade. Seria muito giro que para a próxima vez houvesse ainda uma maior adesão e até que melhorássemos o modelo do Desafio proposto que peca em muitos aspectos. Por cá, fomos "os suspeitos do costume". A Paula Viegas mergulhou comigo em mais esta aventura, sempre em ligação sempre pronta a dar a mão. Valeu a pena!
- Quebrar a rotina, abanar as águas paradas, mergulhar fundo no outro lado do espelho, Mães e filhos de mãos dadas. É assim que se aprende, sentindo na pele o trabalho enorme que exige a aplicação de uma dieta hipoproteica. Poucos alimentos disponíveis, caros e tudo a necessitar de ser trabalhado.Valeu a pena!
- A oposição demonstrada por alguns membros da comunidade também é interessante e muito reveladora da rejeição à novidade, de algum espírito conservador.
- O meu filho adorou ter a Mãe como companheira, também aqui. Tão bom! Mas não é totalmente pacifico para mim a forma como ele pode interpretar esta experiência. Por norma, lá em casa eu esforço-me por estabelecer pontes nas nossas refeições, ou seja frequentemente os nossos acompanhamentos são o prato forte do João. E é bom perceber que alguma perplexidade inicial nos primeiros dias traduziram essa habituação, eu diria melhor, essa educação que ele já tem. Sabe que a sua alimentação é diferente, é uma conquista essencial para ele. Não quero abalar esta conquista mas reforçar as pontes, sim.
- Os tacos, adorei, vou repetir porque são mesmo bons e até pode ser que o João adira.
- Os crepes de tapioca, apesar de o resultado ter sido muito feio, acho que tem potencial a ser explorado. Mais uma conquista hipoproteica a ser desenvolvida.
Vamos repetir este desafio, provavelmente daqui a um ano, por altura do 28 de Junho, dia Internacional da Fenilcetonúria. Até lá, vamos preparar melhor os Planos Alimentares e irei recorrer a um ajuda profissional para dar umas linhas de orientação para garantir que tudo correrá melhor.
Olá Chef!
ResponderEliminarAdorei participar neste desafio e para mim é para repetir pelo menos anualmente, por altura do dia Internacional da Fenilcetonúria. Foi fantástica a participação da Marcilene e também houve outra mãe brasileira que já fez esta experiência. É pena que não tenha havido maior adesão por cá. Vou publicar também as minhas conclusões. Bjs