Entre hoje e o dia de ontem surgiram alguns desenvolvimentos que me parece pertinente partilhar convosco. Sem ter o desejado final feliz, impossivel na minha óptica, porque ninguém apaga as palavras ditas e sentidas, o desenlace parece-me razoavelmente satisfatório.
Entrou em cena uma terceira personagem determinante, o professor P. ,que exerceu o papel pedagógico que eu nesta altura não consegui assumir por antever os riscos de a conversa poder ser mal interpretada, ou ainda criar nuvens no dia de aniversário de uma miúda, inocente, como todos os miúdos o são.
Com a natural distância de quem conhece muito bem todos os intervenientes na história, o Professor P. abordou a mãe da C. durante os festejos na escola, e perguntou-lhe se havia algum motivo para ter excluido o J. dos convites, visto serem tão amigos. Resumindo, a senhora disse que não o fez porque tinha medo da responsabilidade, pelo facto do J. ser Pku. O professor P. explicou tintin por tintim, que a condição do J. nunca deveria ser um impeditivo para uma festa de anos porque havia soluções simples, nem que fosse o J. levar a sua própria refeição, mas que importante mesmo era que os miúdos estivessem juntos e celebrassem e se divertissem.
Melhor advogado de defesa do meu bicho Pku, seria impossivel eu inventar, um professor que é atento, ponderado, inteligente e amigo dos seus meninos (e meu também!)
Hoje fui à escola e falei demoradamente sobre o assunto com o professor P., deixou-me muito sossegada, não há qualquer sombra de marginalização do J. na turma, tudo corre com a devida normalidade. Nem vê sequer a necessidade de eu fazer uma exposição para os miúdos da sala sobre a doença do João, nesta altura, porque não há ondas, é uma tema pacífico e bem aceite.
Quanto à minha fúria já passou, voltei a ser um ser racional, sorri à miúda quando a vi na sala, e se vir a senhora sua Mãe até sou capaz de lhe falar com naturalidade.
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