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15/02/2014

Molhos da Sophia

Respondendo à provocação da Chef Paula Viegas, aqui vai um resumo:

Os meus molhos são à la minute, feitos na hora e consoante o humor e o que tenho à mão. Na verdade, não sou muito de molhos e como sou completamente desorganizada sigo absolutamente o que me vai na telha:

1- De tomate
Faço-o consoante a estação:

Se for Verão, uso o tomate fresco comprado no mercado e nunca falta o bom azeite extravirgem, as ervas frescas e a cebola nacional rosada a estalar que é a melhor de todas, e o sal marinho, claro! Posso juntar uma colherzinha de açúcar ou não depende da acidez, mas fica sempre bem. E se estiver muito espesso uma pouca de água a olhómetro.
Se for de Inverno, e na falta do melhor produto fresco, recorro aos nossos molhos pré-preparados da Compal, da Guloso e da Heinz e posso diluir com polpa de tomate (a das embalagens das caixinhas), o azeite extravirgem, e o manjericão, ou o cebolinho, ou a fresca salsa cortada.

(Sou obsessiva com o produto nacional, se é bom, excelente! e dá emprego aos portugueses. A cebola rosada portuguesa, escolho-a a dedo na minha mercearia do bairro e é absolutamente maravilhosa, sumarenta e suculenta como não há igual. No Verão, compro-a nos mercados, mas nunca, nunca a encontrei em supermercados.)

A esta base, basta juntar ou pimento vermelho no refogado, ou azeitonas, ou cogumelos e está feito o prato principal ao qual se juntam as massas. Posso triturar ou não, consoante os humores do pequeno.
Um exemplo de utilização nos cestos do colégio do João, desta vez com cogumelos triturados, a minha bolonhesa!

2- De queijo
Com base bechamel hipo, junto uma colher de preparado de pão de queijo da Yoki para dar o tom cheese, ou queijo ralado hipo se tiver disponível (excluo o cor de laranja da Taranis que dificilmente se derrete).
O bechamel faço-o com leite hipo, uma colher de farinha Maizena, uma colher de manteiga, e costumo temperar com sal marinho e um toque de noz moscada.
Um exemplo de utilização deste molho com penne  num cesto do colégio do João.

3- Vinagrete para as Saladas Frias
É um dos nossos favoritos lá de casa e o João bebe-o da colher de servir dizendo, que delícia! Básico dos básicos, o segredo está no vinagre balsâmico que deve ser bom. Costumo usar o da Gallo que tem uma oferta de vinagres excelente e com preços acessíveis. Azeite extravirgem generosamente servido, uma colherzinha de café de sementes de mostarda, vinagre balsâmico a gosto, sal marinho e umas ervas aromáticas frescas muito bem cortadinhas. Para saladas de alface, cenoura, batata, beterraba ou em saladas russas é o que melhor substitui a maionese e todos adoramos este molho.
Um exemplo de utilização numa salada fria nos cestos do colégio do João.

4- Também costumo usar o leite de coco, mas agora recentemente caiu em desgraça no gosto do João, e é pena porque com um toque de caril fica delicioso nos estufados.

Que me lembre são os meu básicos. 

11/02/2014

5 (bons) molhos para massa

Massa é um dos alimentos que o meu pequeno Vasco come melhor. Massa simples com um pouco de manteiga ou manteiga de ervas é, regra geral, a maneira mais básica que eu tenho de servir a massa. Todavia, como o Vasco já vai fazer 4 anos, e inspirada no livro da Cláudia Villax "Da Horta para a Mesa" (ver aqui http://www.azeitonaverde.pt/gourmand-world-cookbook-awards/), começei a investir em molhos mais variados. Pesto de manjericão é o meu molho favorito para massa e então começei por adaptar este. Para ele, numa versão não muito intensa, mas saborosa, para ir introduzindo novos sabores.
Pesto de manjericão:
Uma mão cheia de folhas de manjericão (quem quiser um sabor mais intenso pode aumentar a quantidade)
1dl de azeite virgem
1 dente de alho pequenino
1 bolacha de água e sal Loprofin (a bolacha serve para dar a consistência que os pinhões dariam ao molho)
1 pitada de sal
Colocar tudo num copo alto e triturar bem com a varinha. Está pronto a servir. Pode ser congelado em doses.
Esta quantidade dá para temperar umas 8-10 doses de massa.
Tagliatelle com pesto de manjericão, rissóis de couve flor e tomate
Como tomate seco também é um dos meus condimentos favoritos, fiz também um pesto de tomate seco da seguinte forma:
Pesto de tomate seco
6 metades de tomate seco (o tomate seco que tenho é de pequeno tamanho)
1dl de azeite virgem
1 dente de alho pequenino
1 bolacha de água e sal Loprofin
1 pitada de sal
Colocar tudo num copo alto e triturar bem com a varinha. Está pronto a servir. Pode ser congelado em doses.
Esta quantidade dá para temperar umas 6-8 doses de massa.
Fusilli com pesto de tomate seco, omelete e salada mista
 Congelei ambos os pestos em doses
Em tempos também publiquei aqui uma receita de molho de tomate um pouco trabalhadosa, mas actualmente, quando o tempo não é muito, faço um molho de tomate mais simples, que uso para massa e pizza: o segredo está em utilizar o melhor tomate que conseguir. O tomate fresco é sempre melhor, mas como não está na época dele, utilizo o tomate enlatado da Mutti (ver aqui http://www.mutti-parma.com/en/our-range/polpa-tomato-pulp) que, na minha opinião, é muito bom e a acidez é minima, o que resulta num molho bem saboroso, sem necessidade de adicionar açucar ou manteiga para cortar a acidez tipica do molho de tomate.
Molho de tomate em doses, pronto a congelar
A receita que faço é esta:
Molho de tomate simples
2 latas pequenas de tomate triturado Mutti
4 dentes de alho (a quantidade é sempre 2 dentes de alho para cada lata de tomate)
azeite virgem qb
Num tacho médio coloque azeite de forma a cobrir o fundo e junte o alho em fatias. Leve ao lume. Deixe o alho fervilhar um minuto e junte o tomate. Deixe ferver em lume brando até reduzir e ficar um molho espesso (cerca de 30-40m). Está pronto a usar e pode ser congelado em doses.
Esparguete com molho de tomate, um clássico
Dois outros molhos que faço com regularidade são o molho de azeite e alho e o molho de queijo.
Molho de azeite e alho é basicamente colocar na frigideira uma quantidade de azeite virgem suficiente para a massa que se pretende e alho bem picadinho. Pode-se juntar ervas aromáticas picadinhas se desejar (com coentros fica óptimo). Deixar ferver um minuto para cortar o picante do alho mas sem queimar. E está pronto a servir.
Esparguete com molho de azeite e alho, azeitonas e tomate e dois palitinhos de pão com manteiga de ervas
Por último o molho de queijo. Gosto muito da receita de molho de queijo do site cookforlove, mas como nem sempre tenho o tempo suficiente para a fazer, costumo fazer a receita que se segue.
Prepare um molho bechamel simples (1 colher de manteiga, 1 colher de farinha hipoproteica bem cheia e um pacote de leite hipoproteico). Tempere com sal, noz moscada e um pouco de sumo de limão. Juntar 3 fatias de queijo Taranis (o Vasco só come este queijo desde que seja cozinhado) e triturar bem com a varinha até ficar cremoso. Está pronto a usar e pode ser congelado.
Cotovelos com molho de queijo gratinados
Doses de molho de queijo para congelar
Estes são os molhos básicos favoritos do Vasco, que, na minha opinião são saborosos e fáceis de preparar. Não querem partilhar também os vossos? A massa é um básico na culinária hiporoteica e tenho a certeja que haverá por aí mais molhos deliciosos para experimentar.
Beijinhos
Paula Viegas

08/02/2014

Capítan Pku

Érase una vez un niño diferente, que no podía comer ni huevos fritos, ni croquetas de pollo, ni hamburguesas, ni pescado...
Este niño se llamaba Martín y sólo comía cosas de colores: naranjas, tomates, pimientos, zanahorias, judías verdes...
En la escuela el mejor amigo de Martín era Ahmed. Siempre se sentaban juntos en el comedor.
- Y tú ¿por qué nunca comes hamburguesas? –le preguntó un día Ahmed.
- Porque no me sientan bien. ¡Me pongo malo!
- Pues yo no puedo beber leche, porque se me hincha la cara y me pica todo el cuerpo –dijo Ahmed.
- ¿Por qué? –preguntó Martín lleno de curiosidad.
- Soy alérgico a la leche.
- Pues yo no puedo comer hamburguesas porque soy PKU.
- ¿Qué es PKU? –preguntó Ahmed.
- No lo sé... –y levantó los hombros.

Disponível para download gratuito 
http://www.guiametabolica.org/sites/default/files/conte_pku_cast.pdf


Era uma vez um menino diferente, que não podia comer ovos estrelados, nem croquetes de frango, nem hambúrgueres de vaca, nem os douradinhos do Capitão Iglo. Este menino chamava-se João, Vasco, André, Pedro ou Guilherme, ou era uma menina e chamava-se Ana, Rita, Catarina, Vera ou Luzinha, e só comia alimentos de cores, laranjas, pimentos, cenouras e tomates, feijão verde....

Desde que o João nasceu que sonho desenhar uma história simples em que lhe explique o principal sobre esta doença misteriosa que é a Fenilcetonúria, que o ajude a ver esta condição alimentar como sendo uma caracteristica que o torna mais um diferente entre diferentes, quero eu dizer que o facto de ser diferente é simplesmente a sua condição com a qual tem que lidar naturalmente e que se olhar em volta, o mundo está cheio de meninos que por as mais variadas razões, de saúde, de cultura, de religião, se alimentam de forma diferente. Sem desdramatizar excessivamente, porque compreender bem os riscos do não cumprimento do Planos alimentar é fundamental para a sua segurança., mas que o ajude a encarar de forma mais natural a diferença.

Enquanto não saiem os meus desenhos, vou aproveitar esta bela história do Capítan Pku que é belíssíma. Ou não tenha origem no Hospital de San Joan de Déu, o meu paradigma do que se faz de melhor em investigação e divulgação das Doenças Metabólicas.