Outubro, com a Escola de Cozinha da Apofen no Porto

Dia 19 de Outubro acontece a Escola de Cozinha da Apofen na sua sede em Leça do Balio. As inscrições estão abertas até dia 11 de Outubro e são limitadas. 

Será uma excelente oportunidade para aprender e aprofundar os nossos conhecimentos de Cozinha. 

Informações e inscrições através do telefone 226 070 300 e email: geral@apofen.pt

O Mercado de Campo de Ourique, é muito chique!

A chegada ao Mercado evidenciando a Porta Principal

Abóboras, Romãs e alhos e cebolas perfeitamente arrumadas

Os marmelos, os tomatinhos em rama perfumados e os figuinhos pingos de mel

As montras perfeitas, o tubarão a atrair os olhares, o Sousa Tavares entre amigos

A balança oficial, a Luzinha à procura de uma ameixa e a galinha empalhada

Os nossos meninos lindos e uma princesa cheia de Luz

Pontuação do Mercado
Qualidade dos produtos : Boa 4/5 Pontos
Apresentação: Boa/Excelente 5 Pontos
Quantidade/Diversidade: Pouca 2 Pontos
Preço: Médio/Caro 2/3 Pontos
Lugar: Central, Limpo, Pouca Luz 4 Pontos
Café: Não descobrimos (mas está rodeado de muitos e excelentes cafés) 0

Talvez fosse necessário um guia, alguém que esteja habituado a fazer as suas compras neste mercado para nos orientar e nos apresentar os melhores spots para as compras, mas a verdade é que fomos todas igualmente à descoberta. O mercado apresenta-se acabado de receber obras de renovação e ainda faltam preencher muitos espaços o que deixa uma certa sensação de vazio e lhe retira vida. As bancas impecavelmente apresentadas, parecem a concurso, e os frutos e legumes calibrados e polidos brilham no seu lugar. Os preços achei-os bastante caros, ou sou eu que nestes tempos de vacas magras faço muitas contas e acho tudo muito caro! A verdade é que a minha merceeira de bairro habitual tem produtos frescos e bons por preços muito mais friendly, dai que a minha ceira tenha vindo muito leve. Achei que a peixaria tinha muito mais vida do que o mercado de frutas e legumes o que também pode ter a ver com a luz dos espaços e com o facto de não haver vazios nas bancas. E talvez haja sempre muito mais vida nas bancas a reluzir de gelo, guelras e olhos brilhantes. A profunda remodelação que sofreu deve ter-lhe alterado o cariz para uma boutique de frescos o que é um conceito interessante mas diferente daquele que gosto num mercado clássico, as bancas vazias a anunciar petiscos e sushi, são uma promessa que fica por cumprir por enquanto. Talvez mereça uma visita daqui a alguns meses quando estiver em pleno funcionamento mas assim, nestes moldes fez-me logo muitas saudades do mercado de Cascais cheio de desarrumação, gente, vida e luz! Bem haja a visão dos primeiros frutos a anunciar o Outono, como uns belos marmelos, os figuinhos pingos de mel dispostos em cama de folha de figueira, trés chic!

Quanto à companhia, foi uma alegria estar com este pequeno grupo de Mães e já amigas (apesar da minha pavorosa enxaqueca que me impediu de estar completamente presente!), com a miudagem pequena a brincar, o meu João ficou em casa (traição). O café com uns deliciosos mimos Pku da nossa Chef Paula Viegas a fazer as delícias de toda a gente e a conversa a disparar de todo o lado. Foi muito bom! E em Outubro mudamos o cenário mas mantemos a alegria.

Bem hajam

O sorvete italiano

Morango e meloa uma conjugação perfeita

Na caixa à porta dos Santini:

- Por favor, quero dois copos pequenos com uma bola de dois sabores.

- Mãe, quero um cone, não quero copo.

- João, a Mãe também vai comer um copinho igual.

- Mãe, eu não quero um copo, quero um cone!

- João, não pode ser um cone que te faz mal, os copinhos são muito bonitos e tu vais ver como os sorvetes são maravilhosos. Vamos comer os dois igual!

Avançamos depois até ao balcão com os tickets pré-pagos na mão:

- Quero um copinho com morango e meloa ( o morango dos Santini, é seguramente o melhor morango que alguma vez provei em gelados do género) e o outro com morango e manga.

- Mãe, quero chocolate. - diz o João de nariz encostado ao vidro da montra dos gelados recheado das cuvettes com mil cores.

- João, chocolate não pode ser. Vamos comer morango e outro sabor, preferes que fruta?

- Eu quero chocolate.

Agarrei nos dois copos de sorvete e fomos os dois para a esplanada numa mesinha de dois lugares frente a frente. O João provou o morango com a colherzinha. Duas colherzinhas passadas, declarou:

-Mãe, o que eu queria era chocolate.

Desde que o João fez um ano que todos os Verões eu planeio leva-lo comigo aos Santini. Todos os Verões desde essa altura, que deixei de comer os meus sorvetes preferidos, ou quando o fazia era às escondidas e com sentimentos de culpa.

O João passou o Verão com os valores no limiar máximo do intervalo e quando finalmente baixaram entendi que tinha chegado a altura para o iniciar nos meus sorvetes italianos favoritos. Há já dois anos que tento obter da fábrica Santini a informação nutricional dos sorvetes de fruta, mas sem sucesso. Por isso baseada na informação de que estes sorvetes são feitos de água, açúcar e fruta fresca, parece-me seguro partilhar um sorvete de fruta da Tabela sem riscos.

O que eu pensava ser um momento de partilha especial entre Mãe e o menino dos meus olhos, revelou-se uma decepção. Será da idade, do mau feitio? Será que lhe transmiti nos genes a loucura pelo chocolate, mesmo sem alguma vez o ter provado? Ou será que o fruto proibido vence sempre? É o mais desejado por muito boas que sejam as alternativas. Não sei. Também serviu para eu desdramatizar as idas aos gelados, já percebi que vai sempre trocar-me as voltas e que é impossível agradar-lhe por muito que eu me esforce.

Em Setembro a rentrée faz-se no mercado de Campo de Ourique

Flores de Verão no mercado em Cascais

A próxima capelinha vai ser o Mercado de Campo de Ourique, num dos bairros mais afamados de Lisboa. Estou muito curiosa porque é um mercado que conheço só de passagem, mas com uma localização tão boa só pode ser uma agradável surpresa. Acresce a boa notícia de que foi recentemente remodelado oferecendo hoje, petiscos e tasquinhas, sushi e gelados, bares e pizzarias, ao lado das bancas habituais de frutas e legumes, deixa-me logo com imensa de vontade de ir descobrir e invejar não ter um assim à porta de casa.

Dia 21 deste morno mês de Setembro, Sábado como de costume, marcamos encontro na porta principal do mercado pelas 10h30m da manhã. Alguém sabe qual é a porta principal? Eu não  sei, mas vou descobri-la.

Beijinhos e abraços e venham daí à descoberta!

Rua Coelho da Rocha1350-075 Lisboa, no Bairro de Campo de Ourique

Agosto no Mercado Municipal de Cascais

As abóboras para decoração ou para o prato

O mercado, fresco, sombreado, variado

As flores que me encantam, girassóis, dálias de mil cores 

As cebolas em réstias ao granel, uma variedade imensa. A Chef Paula a escolher.

Fruta da época acabada de chegar da "horta" e do pomar

As azeitonas variadas e maravilhosas. as frutas cristalizadas e desidratadas

Os legumes frescos, fresquíssimos, feijão verde francês, pimentos italianos, tudo cultivado em terra saloia

Pontuação do Mercado
Qualidade dos produtos : Excelente 5 Pontos
Apresentação: Boa/Excelente 5 Pontos
Quantidade: Excelente 5 Pontos
Preço: Barato/ Médio/Caro 5 Pontos
Lugar: Central e aprazível 4 Pontos
Café: Uma verdadeira espelunca! 0 Pontos

Este mercado é um dos meus mercados de eleição, há anos que lá vou seguindo a tradição familiar, Sábados e Quartas feiras é dia de frescos. Foi uma manhã de Verão bem quente e o mercado estava cheio de gente. Enchemos ceira, carrinho de mão, e mais espaço houvesse mais sacos encheríamos com uma variedade imensa de coisas, desde as azeitonas pretas gordas e sumarentas, a uma inesgotável variedade de frutos cristalizados ( as fatias de melão cristalizadas são espantosas e o João come-as como um snack), a uvas moscatel, moranguinhos doces, doces, amoras silvestres, figos pingo de mel, maçãs de primeira colheita, pêras cor-de-rosa, abóboras de mil feitios, meloas, melões, tomate variadíssimo, os pimentos doces italianos que nós lá em casa adoramos, batata doce saloia de primeira colheita do ano, etc, etc. Os preços variam consoante a banca, e vale a pena perceber que há uma enorme variedade de preços assim seja o agricultor que vende directamente ou não. É uma das melhores aproximações que conheço ao Comércio Justo, os produtores e os agricultores realizam venda directa, sem intermediários, e todos ficamos a ganhar. Deveriam ser replicados estes mercados qualificados e com espaço para este contacto directo dos pequenos produtores com o público. Para além das pessoas interessantíssimas que se conhecem, a nossa gente que trabalha a nossa terra, os produtos são verdadeiramente bons e frescos, e biológicos! na maior parte das vezes. Tudo se encontra neste mercado, pão e bolos, ovos incríveis como já não pensava que existissem!, queijos, azeitonas e mel, fruta e legumes, batatas, maçarocas de milho, um não acabar de flores lindíssimas. É um mercado a conhecer e a frequentar sempre que possível. O único ponto mau, mesmo miserável é o café, não conheço nenhum decente dentro do espaço onde se possa tomar um café decente.
Os mini-terroristas entregues aos cuidados dos Papás (Obrigada!) em equipamentos adequados dentro do espaço do mercado permitiram-nos fazer uma visita relativamente sossegada. Nós adorámos, não foi querida Paula?